José Gomes Filho, talvez por este
nome, poucas pessoas lembrem quem seja esse fantástico músico. Mas conhecido como Jackson, intitulou-se Jack
do Pandeiro, por gostar de Jack Parry, ator de filmes de faroeste. Em 1948, foi trabalhar em Recife, na Rádio Jornal
do Comércio, foi quando o diretor lhe sugeriu trocar Jack por Jackson, pois,
tornava sua chamada mais sonora. E assim
seu nome ficaria eternizado na memória dos brasileiros.
Filho da cantora de coco Flora
Mourão, nascido em 31 de agosto de 1919, na cidade de Alagoa Grande-PB. Quando
criança queria ser sanfoneiro, mas, como sua mãe não podia comprar um
instrumento tão caro, ganhou de presente um pandeiro.
Aos 16 anos, pela primeira vez, Jackson
integrou uma banda tocando bateria. Com 17 anos colecionava amigos como Zé
Lacerda, irmão mais velho de Genival Lacerda, e Abdias época que ele já tocava
pandeiro. Neste meio tempo, foi goleiro do Central, time de Campina Grande.
Após confusão com soldados em plena Segunda Guerra Mundial, foi obrigado a se mudar
para João Pessoa, onde passou a integrar a banda de Jazz Tabajara.
Em 1948, se apresentou na
inauguração da Rádio Jornal do Comércio com a banda Jazz Paraguay. Na rádio foi
apadrinhado pelo locutor-chefe Ernani Séve, e logo depois começou a se apresentar
em seu programa cantando ritmos nordestinos.
Só em 1953, Jackson gravou seu
primeiro sucesso, “Sebastiana”. Logo após emplacaria o “Forró em Limoeiro”, e neste
mesmo ano, conheceu pessoalmente Luiz Gonzaga que o convidou para gravar nos
estúdios da RCA. Ele recusou o convite justificando não estar preparado. Contudo,
um ano depois, lançou seu primeiro álbum que fez grande sucesso no Rio de
Janeiro, fazendo com que ele se mudasse para a cidade.
Jackson gravou inúmeros sucessos
como, “O Canto da Ema”, “Chiclete com
Banana”, “1x1”, “Xote de Copacabana”, “17 na Corrente”, “O Galo Cantou” dentre
outros sucessos. Em 1956, participou do
filme “Tira mão daí”, primeiro dos nove filmes que participaria na carreira.
Em 1973, Jackson adere ao
Racional Superior, seita que pregava que com disciplina rígida, seria possível
conquistar imunização e o resgate dos discos voadores. Mas tarde, iriam aderir a seita Tim Maia e
Luperce, os quais formaram na seita, um ótimo trio de samba, entretanto, fadado
ao fracasso.
A maior marca do trabalho de
Jackson é sua facilidade de tocar diversos ritmos. Sem dúvida, sua participação
na orquestra do cabaré “Cassino Eldorado”, e seu contato com diferentes ritmos,
como blues, jazz, chorinho, maxixe, rumba, tango e samba, contribuiu para
transformar o Jack no “Rei do Ritmo”. O seu som swingado e fortemente sincopado
marcou sua carreira e conquista fãs até hoje.
Em, 10 de Julho de 1982, o Brasil
perdia José Gomes Filho, o Jackson do Pandeiro, decorrente de embolia pulmonar
e cerebral.
Mais informações em : http://www.jacksondopandeiro.mus.br/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1
e
Sucesso uil
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