segunda-feira, 7 de maio de 2012

Jackson do Pandeiro, "O Rei do Ritmo"




José Gomes Filho, talvez por este nome, poucas pessoas lembrem quem seja esse fantástico músico.  Mas conhecido como Jackson, intitulou-se Jack do Pandeiro, por gostar de Jack Parry, ator de filmes de faroeste.  Em 1948, foi trabalhar em Recife, na Rádio Jornal do Comércio, foi quando o diretor lhe sugeriu trocar Jack por Jackson, pois, tornava sua chamada mais sonora.  E assim seu nome ficaria eternizado na memória dos brasileiros.

Filho da cantora de coco Flora Mourão, nascido em 31 de agosto de 1919, na cidade de Alagoa Grande-PB. Quando criança queria ser sanfoneiro, mas, como sua mãe não podia comprar um instrumento tão caro, ganhou de presente um pandeiro. 

Aos 16 anos, pela primeira vez, Jackson integrou uma banda tocando bateria. Com 17 anos colecionava amigos como Zé Lacerda, irmão mais velho de Genival Lacerda, e Abdias época que ele já tocava pandeiro. Neste meio tempo, foi goleiro do Central, time de Campina Grande. Após confusão com soldados em plena Segunda Guerra Mundial, foi obrigado a se mudar para João Pessoa, onde passou a integrar a banda de Jazz Tabajara.

Em 1948, se apresentou na inauguração da Rádio Jornal do Comércio com a banda Jazz Paraguay. Na rádio foi apadrinhado pelo locutor-chefe Ernani Séve, e logo depois começou a se apresentar em seu programa cantando ritmos nordestinos.

Só em 1953, Jackson gravou seu primeiro sucesso, “Sebastiana”. Logo após emplacaria o “Forró em Limoeiro”, e neste mesmo ano, conheceu pessoalmente Luiz Gonzaga que o convidou para gravar nos estúdios da RCA. Ele recusou o convite justificando não estar preparado. Contudo, um ano depois, lançou seu primeiro álbum que fez grande sucesso no Rio de Janeiro, fazendo com que ele se mudasse para a cidade.



Jackson gravou inúmeros sucessos como, “O Canto da Ema”, “Chiclete com Banana”, “1x1”, “Xote de Copacabana”, “17 na Corrente”, “O Galo Cantou” dentre outros sucessos.  Em 1956, participou do filme “Tira mão daí”, primeiro dos nove filmes que participaria na carreira.
Em 1973, Jackson adere ao Racional Superior, seita que pregava que com disciplina rígida, seria possível conquistar imunização e o resgate dos discos voadores.  Mas tarde, iriam aderir a seita Tim Maia e Luperce, os quais formaram na seita, um ótimo trio de samba, entretanto, fadado ao fracasso.

A maior marca do trabalho de Jackson é sua facilidade de tocar diversos ritmos. Sem dúvida, sua participação na orquestra do cabaré “Cassino Eldorado”, e seu contato com diferentes ritmos, como blues, jazz, chorinho, maxixe, rumba, tango e samba, contribuiu para transformar o Jack no “Rei do Ritmo”. O seu som swingado e fortemente sincopado marcou sua carreira e conquista fãs até hoje.

Em, 10 de Julho de 1982, o Brasil perdia José Gomes Filho, o Jackson do Pandeiro, decorrente de embolia pulmonar e cerebral.

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