quarta-feira, 18 de abril de 2012

Belo Monte, nove erros no copo d'água




No século presente, todo o mundo é ambientalista e defensor da fauna e da flora. Sem nunca ter lido sobre o assunto, uma legião de moralistas, “ecochatos”, se julgam os guardiões do planeta. A Usina de Belo Monte é um caso emblemático de pouco conhecimento e falta de critérios racionais.

Verdade seja dita, 90% dos brasileiros não sabem para que serve um EIA/RIMA ( clique aqui para saber), nem mesmo leram uma página sobre o projeto de Belo Monte, respaldando-se apenas, em vídeos de artistas globais e em telejornais de visão política comprometedora. Por isto, listo um resumo contrapondo nove erros clássicos dos “ecochatos” sobre Belo Monte.

  1.  Porque construir Belo Monte - O Brasil precisa produzir 5.000 megahertz de energia por ano, para assim continuar a crescer 5% ao ano. Na falta de energia, voltaremos ao racionamento de 2002, e como resultado, teremos PIB menor, desemprego e consequentemente, menor renda. O projeto beneficiará 18 milhões de residências.
  2. Capacidade Energética - A Usina vai produzir cerca de 40% da capacidade das instalações, um pouco menor que as demais usinas brasileiras. A diminuição da capacidade se deve a redução do reservatório, mudança que vai garantir a vazão necessária para pesca, navegabilidade e atividades ribeirinhas. 
  3. Substituição por energias limpas - Primeiramente, hidroelétrica é energia limpa, utilizando apenas a força da água. Todo tipo de energia tem seu impacto, inclusive, os parques eólicos que utilizam vastas áreas, tornando-as inúteis. O correto é utilizar todas as energias limpas em conjunto, encaixando cada uma na área apropriada. Através dos governos estaduais, o Brasil tem implantado uma política de criação de parques eólicos. 
  4. Usinas de pequeno porte resolveriam? - Seria necessário construir 30 usinas de pequeno porte (30MW), para produzir o equivalente a Belo Monte. Os impactos ambientais seriam bem maiores.
  5.  Viabilidade econômica - O projeto não permite aumento de repasses do governo, cabe aos executores da obra utilizar de forma racional os recursos. Caso a empresa exceda o orçamento, os mesmos devem arcar com gastos.
  6. Área utilizada - Belo monte terá cerca de 500 km² de área alagada, e não atingirá as áreas indígenas do Parque Nacional do Xingu. A obra esta situada a 1300 km acima do Parque do Xingu, e só foi liberada com a segurança de não atingir a área indígena. De toda área utilizada 228 km² é do próprio leito do rio e o restante são áreas já desmatadas por agricultores e criadores de gados, ou seja, a afirmação de desmatamento é falsa. 
  7. A população indígena - No entorno da obra possuem 10 populações indígenas e nenhuma delas será atingida por alagamento. A vazão mínima de 700m3/s garantirá a navegabilidade, a pesca e as atividades ribeirinhas.  
  8. Empregos - 54% dos empregados de Belo Monte são moradores da região. A previsão é que no pico da obra serão gerados 19mil empregos, um grande incremento na renda de uma população pobre como da região. 
  9. Melhorias socioambientais - além de todas já citadas acima, estão previstas obras de urbanização; realocação da população que vive em condições precárias; criação de duas unidades de preservação ambiental; e capacitação da população indígena para atividades produtivas.

Mais informações (clique aqui) no site da Empresa de Pesquisas Energéticas. Mas, para quem não gosta de ler sugiro ver o vídeo Tempestade em Copo D’água produzido pelos estudantes da Unicamp: 




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