No dia 04 de outubro de
2007, perdi minha avó materna, vítima de infecção generalizada após uma
cirurgia do coração. A dor de vê-la internada na Unidade de Terapia Intensiva
foi desesperador, por isso, desde então, jamais voltei há um a hospital ou
emergência.
Nesta última quarta-feira
(07), retornei a um hospital de grande porte por interesse meramente
profissional, fui entrevistar um obstetra sobre as condições das maternidades
de Salvador. Nos próximos parágrafos farei um relato do que vi, senti e pensei!
Chegando ao Hospital
Roberto Santos vi um mar de gente, muitos a espera de atendimento, alguns
com malas sendo liberados da internação e outros tentando marcar consultas. Ao
ser conduzida a área de obstetrícia a sensação foi de ansiedade e desespero com
a possibilidade de presenciar um parto. Pausa para uma revelação pessoal, já
pensei em ser mãe e “despensei” milhares de vezes, então, ouvir a gritaria
feminina me deixou em pânico.
Durante a conversa, a
revolta pelo descaso com essas mulheres e seus recém-nascidos é inevitável. Não
é fácil descobrir que partos estão sendo feitos nos corredores em cima de macas;
que semana passada após 4h de peregrinação a procura de um leito, uma mãe deu a
luz a um bebê morto e que por falta de UTI, crianças prematuras vem a óbito.
Aviso ao município de
Salvador, ao governo do Estado e Federal que de nada adianta Vale-gás, Bolsa
Família, vale transporte para o pré-natal, se as grávidas não conseguem
atendimento de qualidade no momento que necessitam.
Neste emblemático, 08 de
março, que é comemorado o Dia Internacional da Mulher, peço a homens e
mulheres, que sejam ou não pais e mães que manifestem e exijam seus direitos
instituídos pela Constituição. GRÁVIDAS parir com segurança e com o mínimo de
cuidado é seu DIREITO, lute por isso!
Para saber mais sobre a
situação das maternidades baianas acessem o grupo Rosa (veja aqui) no facebook.
*Texto da jornalista colaboradora Danielle Antão
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